sábado, 24 de outubro de 2009

AMIGOS... AMIGOS, NEGÓCIOS À PARTE.
Por Led Beslard



Sempre sustentei a idéia de que não necessariamente seja preciso ser amigo de alguém para desenvolver qualquer tipo de trabalho. Acredito que o profissionalismo e o foco na atividade proposta sejam fundamentais para o bom desenvolvimento de qualquer parceria. É aquela velha história: amigos... amigos, negócios à parte.

Para mim, essa expressão tem um significado bastante amplo, o que me deixa longe de ser um extremista, pois é possível desenvolver excelentes trabalhos com pessoas amigas, da mesma maneira que podemos fazer ótimas parcerias com pessoas que não fazem parte do nosso círculo de amizades, o mais importante é não misturar as coisas.

Teoricamente, trabalhar com um amigo pode trazer certa segurança, principalmente na parte administrativa e financeira, pois se trata de alguém que você já conhece, confia e sabe como lidar. O problema é quando as eventuais discordâncias no ambiente de trabalho são transferidas para o lado pessoal, comprometendo a amizade.

No final das contas essa combinação pode atrapalhar mais do que ajudar. Digo isso por experiência própria, infelizmente. Já trabalhei com amigos e me arrependi da associação. Isto porque alguns não souberam distinguir amizade de trabalho, achando que tudo era possível e, por conta disto, nada era levado a sério como realmente deveria.

Apego-me muito facilmente às pessoas, mas tenho consciência de que há momentos difíceis em que escolhas devem ser feitas. Nessas horas, é preciso deixar de lado o sentimentalismo barato para que uma decisão seja tomada. Muitas vezes é necessário dizer não a um amigo, ou até mesmo deixá-lo de fora da parceria, se isso for o melhor para o bom rendimento das atividades. Talvez, seja num momento assim que saberemos o quanto a amizade é verdadeira, independentemente dos problemas relacionados ao ofício.

Já fiz parcerias com pessoas das quais, na época, não tinha qualquer vínculo e fui gratificado com resultados surpreendentemente positivos. Havia apenas uma relação de respeito mútuo, atenção e participação ao que desenvolvíamos – o que acredito ser uma verdadeira ação coletiva. Neste caso, a amizade foi uma consequência.

Atualmente, elaboro com um amigo um novo projeto (do qual, momentaneamente, me privarei de entrar em detalhes) e acredito em nosso êxito. Ao contrário do que poderia parecer, não estou receoso em fazer sociedade com este amigo em particular, pois sabemos o que queremos e deixamos isso muito claro em nossas conversas. Nossa amizade veio antes de tudo isso e ela permanecerá alheia a qualquer situação ligada ao plano empresarial. Afinal, como já citado antes: amigos... amigos, negócios à parte!

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa sorte nesse seu novo projeto e concordo com você: amigos amigos, negócios à parte. um bj [Yna Bull]

Lou Marciano James disse...

A mais pura verdade: "O problema é quando as eventuais discordâncias no ambiente de trabalho são transferidas para o lado pessoal, comprometendo a amizade."
Mas, quem trabalha pela e para a arte, sabe que, de alguma maneira o universo conspira à favor e, gradualmente apresenta as pessoas certas para o desenvolvimento dos trabalhos afins.
Pelo menos, isso sempre acontece comigo. Entre amigos e colegas de tabalho, façamos um brinde a arte e suas mais diversas manifestações!
Abç e $uce$$0 nos empreendimentos.