sábado, 30 de maio de 2009

CURA?
Por Led Beslard



Sou leitor assíduo da coluna Cenas Urbanas, do escritor e guitarrista da banda Titãs, Tony Bellotto (tem um link logo ali do lado). A última postagem dele, Mahatmas, em especial, me despertou para uma reflexão a respeito do bem estar deste planeta.

Não sou uma pessoa pessimista, pelo menos na maior parte do tempo. Talvez eu tenha um pensamento positivo até demais. Mas, não há como negar que nós, meros mortais, somos os principais, ou mesmo, os únicos responsáveis por tudo que acomete o globo.

As catastróficas reações da natureza são reflexos de tudo o que fazemos. E as coisas vão além quando agregamos a isso poluição, corrupção, racismo, vício, terrorismo, negligência, ditadura, intolerância, ignorância e mais e mais violências e desgraças.

Assim, mesmo contra extremismos, o texto de Bellotto suscitou em mim a seguinte questão: será a única cura para o Planeta Terra a extinção de todos os seres humanos?

sábado, 23 de maio de 2009

EM REPOUSO...
Por Led Beslard



Infelizmente, estou doente. Cama, chás e analgésicos são a minha realidade agora. Não estou conseguindo pensar direito (nem sei se algum dia consegui). Portanto, basta de trololó.

"Cuidado com a Cuca
Que a Cuca te pega
E pega daqui e pega de lá".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

QUE FRASE INTERESSANTE!
Por Led Beslard



Na tarde de hoje, no programa Na Mira, da tevê Aratu, o apresentador Uziel Bueno, após veicular uma matéria sobre um jovem que chorava depois de ser preso por posse de drogas, fez o seguinte comentário: "vá chorar na casa da desgraça".

Realmente, esse programa não pára de me surpreender. Com isto, lembrei-me de uma outra frase, muito batida, mas propícia para essa situação: seria cômico se não fosse trágico!

terça-feira, 19 de maio de 2009

MUNDO/ FÚTIL/ FASHION
Por Led Beslard



Seguindo as novas tendências
Padrões preestabelecidos
Artificial em sua essência
Cópia da cópia da cópia

Maquiando a verdade
Perdendo a identidade
Estilo sem personalidade
Estrela de brilho morto

Mundo fútil/ Mundo fashion

Sua moda – falsa cultura
Seu ego – diante do espelho
Marionete – escravo do sistema
Outro produto de comercialização

sábado, 16 de maio de 2009

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS!
Por Anderson Souza



Meses atrás, solicitei a algumas pessoas interessadas em música, especialmente em rock n’ roll, que formulassem perguntas a serem encaminhadas à Associação Cultural Clube do Rock (ACCR-BA). O motivo dessa iniciativa se deu pelas diversas dúvidas e insinuações que chegavam até mim sobre a associação, como se eu fosse detentor das respostas.

Depois de recebidas as questões, decidi repassá-las para Cleber Silva, diretor de comunicação do clube, quem seria, a meu ver, a pessoa mais indicada para tratar daquelas indagações polêmicas e um tanto ardilosas. Mesmo tendo considerado as perguntas ofensivas, Cleber concordou em respondê-las. Mas, infelizmente, após longo tempo de espera, nenhuma resposta nos retornou.

Em respeito às pessoas que colaboraram com o nosso blog e que até hoje aguardam um resultado, gostaria de pedir desculpas, apesar de não ser eu o responsável pelo não cumprimento do acordo.

Portanto, hoje deixarei aqui as perguntas feitas pelos colaboradores (preservando seus nomes) em aberto. Quem sabe um dia as respostas chegam. Ou não!

NEW BRUTALITY – Não se trata de uma entrevista para emprego, nem tão pouco de uma nova CPI brasileira, mas nos relate um pouco sobre sua formação e como entrou para a diretoria da Associação Cultural Clube do Rock da Bahia.

MÚSICO – Já que vocês se consideram uma associação, por que os diretores nunca mudam e por que os associados não têm direito a ocupar cargo na diretoria? É uma associação ou ditadura?

MÚSICO – Como se associa à ACCRBA e quais direitos os associados têm?

NEW BRUTALITY – Qual sua posição a respeito do possível fim da profissão regulamentada de Jornalista?

JORNALISTA – Então, qual a razão de fazer um curso de jornalismo? (Se a posição for favorável)

JORNALISTA – Por que você assume uma função que deveria ser de um profissional formado? (Se a posição for contrária)

NEW BRUTALITY – Como responsável pela comunicação da ACCR, você orienta os outros diretores quando eles são procurados para falar?

PÚBLICO – O Palco do Rock vem crescendo a cada ano. Este ano, por exemplo, a estrutura estava excelente tanto para as bandas como para o público. Porém, ainda vejo que a qualidade de algumas bandas está muito longe do que deveria ser para o nível e estrutura do Festival. A que se deve isso?

BLOG – Algumas bandas se inscrevem, mas as bandas que são aprovadas são realmente a de melhor qualidade?

MÚSICO – Não está na hora de repensar a forma de selecionar essas bandas?

MÚSICO – Vocês acreditam que esse rock mais “fácil” de ouvir fará abrir as portas das gravadoras para as novas bandas?

MÚSICO – Em 2009 vocês planejam fazer outros shows além dos eventos principais da ACCRBA, que são o Palco do Rock e Rock de Batom?

PRODUTOR – Como a ACCRBA analisa o nível das produções de shows no universo rocker aqui do nosso estado?

PÚBLICO – Eu gostaria de saber por que as bandas de metal são quase sempre as últimas a tocar?

MÚSICO – O que falta ao Clube do Rock para recomeçar a trazer bandas de “metal de verdade”, (death, black, thrash, heavy e doom), para o Palco do Rock aqui em Salvador?

MÚSICO – Presenciei na curadoria organizada este ano uma determinada banda ser “esculachada” por Gabriel, pela péssima apresentação do material. Porém, a banda foi selecionada. Houve troca de favores?

PÚBLICO – Por que diversas bandas de rock/metal, com trabalhos consistentes, raramente tocam ou nunca tocaram no Palco do Rock e ao contrário disso, sempre tem essas bandinhas toscas que não tocam durante o ano inteiro, nem apóiam a cena, mas que estão presentes em todas as edições do festival?

NEW BRUTALITY – O que tem sido feito para mudar a imagem, construída por muitos, de que o Clube do Rock é da “panelinha”

NEW BRUTALITY – Este ano foi amplamente propagado que as bandas selecionadas a participar do Palco do Rock ganhariam cachês. Isso já foi cumprido?

PÚBLICO – Houve alguma diferenciação nos cachês disponibilizados para as bandas? Por qual motivo?

MÚSICO – O que vocês acham dos cachês que não existem, e exigências como, as bandas não poderem levar as suas próprias bebidas ou rangos, sendo que as mesmas tocam de graça em alguns desses eventos?

MÚSICO – Vocês acreditam haver justiça quando organizadores da produção de qualquer evento incluem ou atribuem a si mesmos o controle do funcionamento das vendas no bar, e, ainda assim, não oferecer nem mesmo um copo d’água aos músicos? Controle ou lucro?

MÚSICO – Visto que a cena underground em Salvador anda tão decadente, com relação a equipamentos de som e afins, qual seria a opinião de vocês em relação ao fato de não podermos tirar os sons que tanto almejamos em eventos que são considerados grandiosos na cena em Salvador?

MÚSICO – E qual a maior dificuldade encontrada hoje para fazer música no Brasil, especialmente em Salvador?

DIVINDADE – Quem diabos vocês pensam que são?

http://www.accrba.com.br/

quinta-feira, 14 de maio de 2009

MAKE YOUR CHOICE

MÍDIA REBELDE PLUS apresenta:
JORNALISTA TAMBÉM É PROLETÁRIO !!!

"...será que a “obra” do jornalista é apenas mercadoria, como deixaria claro para nós o filósofo marxista Theodor Adorno? E como mercadoria poderia ser cozinhada, amassada, transformada, incinerada ao bel prazer de quem a comprou".

Acesse o Blog Mídia Rebelde:
http://midia-rebelde-plus.blogspot.com/

INVADA, OCUPE, PARTICIPE...

terça-feira, 12 de maio de 2009

A JOÃO, COM CARINHO!
Por Anderson Souza


portaldoprofessor.mec.gov.br

Sinto-me muito feliz e lisonjeado em ter a amizade do Prof. Dr. João Carlos Salles Pires da Silva ou simplesmente João, como costumo chamá-lo.

Profissional competente e dedicado, João é um dos mais importantes representantes da filosofia no Brasil. Expressivo incentivador da investigação filosófica, entre tantas outras atividades, coordena o Grupo de Estudos Empirismo, Fenomenologia e Gramática, o qual de vez em quando visito como ouvinte. Ainda que eu não seja um de seus alunos, sempre é possível aprender um pouco mais com sua eloqüente e elegante argumentação.

João é uma pessoa muito divertida, cativante e prestativa. É visível sua atenção e preocupação com todos a sua volta, até mesmo em assuntos externos à academia (o que seria dos gatinhos abandonados sem sua sensibilidade?). Respeitado, querido e admirado por alunos e professores, João cultiva amizades a todo o momento. E, sem exageros, todos vão concordar comigo quando digo que aqueles que, por ventura, não nutram tais sentimentos por ele, não passam de meros invejosos.

Hoje o nosso querido “pardo” completa mais um ano de vida. Infelizmente, não tive a possibilidade de dar-lhe um abraço e felicitá-lo pessoalmente; embora eu saiba que essas situações o deixam um pouco constrangido. Por isto, depois de saber que ele conheceu o nosso blog (mesmo que por acaso), quero desejar publicamente meus sinceros parabéns!

sábado, 9 de maio de 2009

GENÉRICO, O REMÉDIO CERTO!
Por Led Beslard

A banda Opus Incertum, há tempos conhecida e admirada pelo público rocker da nossa soterópolis, está finalizando seu CD de estréia. Elmo Amorim (vocal), Nino Mendes (bateria), Fábio Gomes (baixo) e Luciano Andrade (guitarra) estão trabalhando incessantemente para garantir um som de qualidade para seus fiéis seguidores.

A pedido da própria banda, acabo de produzir um vídeo com a música “Genérico”. Um making off divertido e contagiante que nos mostra claramente que os meninos não estão para brincadeira. Enquanto o disco não chega, confira o clipe e curta esse rock n’ roll que é bom e não faz mal.



http://myspace.com/opusincertumrock

terça-feira, 5 de maio de 2009

TERCEIRO MUNDO
Por Led Beslard



Desordem e regresso
Aspectos de um sistema caótico
Sabotagem no estado
Merda genaralizada
Parasitas no comando
Crimes organizados
Atentado, terrorismo
Genocídio, alarme total

Vivendo no caos de todos os dias
Dor e miséria constante
Calamidade humana
Do lodo pro esgoto, terceiro mundo

Grande lixo coletivo
Deserto feito de idéias
Carcaça de gerações
Consumida pelo tempo
Não há perspectiva de um futuro próspero
Não há mais esperança de sobreviver

sábado, 2 de maio de 2009

O SINDICATO DO ROCK!
Por Anderson Souza


Arquivo: Marconi Lins

É com fortes influências de Raul Seixas, Camisa de Vênus, Ten Years After, Bob Dylan, Made in Brasil e Blues Etílicos que Marconi Lins comanda a banda Sindirock. Experiente na estrada do rock, já dividiu palcos com Garotos Podres, Mark Ramone, Velhas Virgens e diversas bandas da área. Marconi também fez parte das bandas Sombra Sonora, Os Hereges, Teto Preto e Koiotes, todas com boas atuações na cena local. Também jornalista, Marconi se considera observador e sarcástico, e usa a música para exprimir suas contestações. Seu som barulhento e polêmico nos remete ao provocante espírito do clássico rock n’ roll. Confira agora esta seqüência de perguntas afiadas e respostas indigestas.

NEW BRUTALITY – A Sindirock é uma banda em que todos os músicos têm poder nas decisões, ou trata-se de um trabalho solo seu que conta com músicos contratados?
MARCONI LINS –
Sim, é um trabalho meu com a colaboração do baixista Jerri Marlon, o baterista Rodrigo Chapolim, e, às vezes, do guitarrista Hélio Rocha. São músicos e amigos meus que, de alguma forma, se identificam e acreditam nesse som. Porra, nem eu acredito! E acima de tudo na proposta de idéias que é a Sindirock.

NB – O nome Sindirock sugere um sindicato do rock, certo? Você acredita que a criação de um sindicato do rock em Salvador poderia contribuir para o desenvolvimento da cena local?
MARCONI – (
Risos) Não, não mesmo! Esse nome na realidade surgiu porque nós fomos tocar no comitê do então candidato a presidente Lula, no Rio Vermelho, em 2002. Naquela época ainda rolava showmício. Não tínhamos um nome ainda, aí o baixista da época, Raul, falou na hora: Sindirock. Acho que influenciado por tanta bandeira vermelha e branca que tinha no local, sei lá (risos). No final, foi foda! Tocamos "Estelionatária" e uma mulher do movimento feminista subiu no palco para reclamar. Mas foi legal também porque apareceram várias pessoas que foram do nosso lado e sacaram que a letra de Estelionatária não generaliza as mulheres. "Estelionatária essa mulher não vale nada". Man, nós somos anarquistas, aí eu mantive esse nome para sacanear os sindicatos, até porque estão todos nos bolsos dos patrões.

NB – Você é associado ao Clube do Rock? Por quê?
MARCONI –
Não. Rapaz, acho que minha falta de interesse se deve ao fato de o Clube do Rock fazer somente esse evento no carnaval. Algo que não me seduz, tocar no carnaval, mesmo que seja do outro lado da cidade. No circuito oficial, pior ainda. É ridículo, mas as bandas querem aparecer ou precisam da grana, aí tocam para um monte de gente nada a ver. O carnaval é uma tristeza. Moro em Ondina, e lá é insuportável nessa época do ano, você perde o direito de ir e vir. Também, trabalho o ano inteiro e aproveito essas datas pra cair fora dessa “Gottan City”.

NB – O que realmente dificulta a vida das bandas de rock em nossa cidade?
MARCONI –
A ditadura do dendê. Vamos lá, uma indústria que envolve complexos de comunicação, tevê, rádio, jornal, produtores que enchem o bolso de dinheiro fazendo shows com artistas locais no parque de exposições ou algum forró desses por aí. Pra que esses caras iriam trazer bandas de fora? Ainda tem gente que se faz essa pergunta. Jamais eles vão se interessar que Salvador entre no roteiro de shows internacionais, vai ficar muito mais caro pra eles. Aí man, some tudo isso a uma valorização da baianidade, do tambor, da percussão, da cultura negra que os intelectuais tanto prezam, mais um público, uma sociedade, porque não dizer assim que esvazia a cidade no São João, que gosta de forró. Acho que isso dificulta um pouco.

NB – Em sua opinião, qual a verdadeira relação das grandes mídias locais com o rock soteropolitano?
MARCONI –
Como se fosse um abajur no canto da sala, botam o rock ali só de enfeite.

NB – Além de músico, você é jornalista. Tem sido muito comum vermos jornalistas envolvidos com bandas de rock. Isto é uma mera coincidência ou é proposital?
MARCONI –
Sei lá cara. Tem um monte de gente aí se passando por jornalista ou produtor cultural, e nem sabe escrever um release. Ao mesmo tempo tem um monte de músicos que se arriscam a escrever. Ah, pior é o cara que se intitula musicólogo e não sabe o que é um lá com sétima. E DJ dizendo que é músico? (Risos) Pode até ser artista, mas músico não.

NB – Qual a sua visão sobre o jornalismo atual da Bahia?
MARCONI –
Profissão mal remunerada. Tô fazendo curso pra concurso agora! Pire aí.

NB – Qual é o público alvo da Sindirock e o que as letras de suas músicas abordam?
MARCONI –
Pessoas que nem eu, que acordam todos os dias para trabalhar, que não acreditam em nenhuma instituição ou religião. É mais ou menos isso que nós abordamos em nossas letras, o dia-a-dia, coisas do cotidiano, problemas, desejos, revolta.

NB – De um modo geral, você acha que o rock baiano perdeu o espírito de protesto?
MARCONI –
Sim, os tempos são outros, punk rock virou emo. Acho que o movimento Hip Hop tá mais engajado nessa causa do protesto.

NB – Você costuma acompanhar o trabalho de bandas que têm um estilo diferente do seu, mesmo dentro do rock?
MARCONI –
Sim, claro, gosto de várias bandas daqui, mesmo que não sejam meus amigos eu vou aos shows, prestigio, pago ingresso, se não gostar também não volto mais.

NB – Quais bandas têm te impressionado e inspirado atualmente?
MARCONI –
T-Rex. Baixei a discografia e a trilha sonora do filme Born to Boogie, filme dirigido e produzido por Ringo Star. Tem 2 meses que eu só ouço isso. Apesar da farofa do glam rock, o Marc Bolan era refinado em suas composições e além do mais o cara era rocker.

NB – Fale-nos sobre o EP lançado recentemente e sobre o disco de estréia que você está produzindo. Como está sendo o processo de gravação e onde as pessoas podem adquirir o material da banda?
MARCONI –
No nosso myspace. Que por sinal é mais elogiado pelas pessoas de fora do que daqui de Salvador. Então, lá você encontra o primeiro EP. Quanto ao processo de gravação, sem pressa, estúdio caseiro, muita música nova, que é o que se precisa na cena de Salvador, músicas boas, um hit.

www.myspace.com/sindirock