quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

BOA SORTE...
Por Led Beslard



Para muitos, as chances de ficar rico através do próprio trabalho é quase nula, por esse motivo vêem nos jogos a única possibilidade de enriquecimento. O desejo de ter dinheiro para poder comprar tudo que lhe for possível é grande e em muitos casos chega a ser obsessivo. Contradizendo algumas doutrinas religiosas contrárias à prática dos jogos de azar, muitas vezes o ato de jogar torna-se uma espécie de "ritual sagrado" que culmina num verdadeiro "milagre" que é a premiação. O jogo está verdadeiramente ligado à situação social, pois quem joga vislumbra no prêmio uma grande oportunidade de mudança no nível de vida.

Lembro-me, dentre os diversos programas de tevê que estimulam a jogatina, do "topa-tudo por dinheiro", em que Sílvio Santos incitava sua platéia perguntando "quem quer dinheiro?". Mas, na verdade quem não quer?

Meu amigo, Carrombé Sampaio, acredita que o jogo sempre pode lhe proporcionar algo, por mínimo que seja. "Porque tenho fé e se não jogar não ganho", justifica ele quando lhe pergunto sobre o seu hábito de jogar. Ele gosta de jogar e diz "que é preciso fazer uma avaliação das probabilidades" e garante que "a lotofácil é a que oferece mais chances", mas investe na mega-sena, no bicho, em bingo, em caça-níqueis. Diz que o faz por entretenimento, apesar de admitir que "qualquer forma de jogo, em sua maioria, leva o apostador ao prejuízo". Sr. Argolo, o pai de Carrombé, aconselha: "se você ganhou , o que tem que fazer? Não jogar mais hoje. Tenha certeza que se for, você só vai perder o que ganhou". E a mãe, Dona Edite, diz que "jogo é coisa de gente besta".

A mega-sena é o tipo de loteria mais desejado de todos os jogos. Com aposta mínimas de R$ 2,00, o apostador pode ganhar milhões, se a sorte estiver ao seu lado. Digo isso por considerar as probabilidades (aquelas que meu amigo citou), por exemplo, a chance de uma pessoa acertar sozinha o resultado de seis números sorteados é de 1 em 50.063.860. O mais interessante é que esses dados estão no verso dos bilhetes de apostas, no entanto isso não chega a causar desistência na hora de fazer uma "fezinha".

Uma outra informação curiosa que o bilhete traz é sobre "qual é a destinação social dos recursos?", ou seja, esgotado o prazo para apostas, é computado o total arrecadado e em seguida são distribuídos, percentualmente, a alguns setores do território nacional. Segundo consta: "4,5% do Ministério do Esporte a título de adicional do valor apostado, são destinados para outros beneficiários sociais; 3% no Fundo Nacional da Cultura, 1,7% Comitê Olímpico Brasileiro, 0,3% Comitê Paraolímpico Brasileiro, 18,1% Seguridade Social, 7,76% Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior, 3,14% Fundo Penitenciário Nacional e 13,8% a título de IR".

Mas você que está lendo este texto agora, pode me responder onde podemos ver os resultados dessas aplicações? Na verdade o governo fatura muito com esse tipo de jogo "legalizado". Quando alguém ganha milhões em jogos como esse, saibam que o governo leva a maior fatia do bolo. De qualquer maneira, boa sorte a quem se aventurar.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

PARABÉNS PARA NÓS!
Por Led Beslard



Hoje, completo 11 anos de convivência com minha querida. Estou feliz por ter ao meu lado alguém que verdadeiramente me completa. Agradeço-te por todo o carinho, cuidado, atenção, respeito e amor meu bem. Definitivamente, sou uma pessoa de sorte por ter te conhecido e te conquistado, por simplesmente ter você ao meu lado por todo esse tempo. Te amo... ontem, hoje e sempre!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

A DEPENDÊNCIA.
Por Led Beslard



Somos pessoas dependentes. Já parou pra pensar nisso? Desde que nascemos, algumas coisas como comer, beber, dormir, entre outras necessidades fisiológicas, nos são vitais. Com o passar dos anos, conquistamos alguma autonomia em nossas ações, e a partir daí acreditamos sermos independentes.

Entretanto, é inevitável que de uma forma ou de outra sejamos dependentes de outras pessoas, de determinadas coisas e situações. E isso ocorre tão naturalmente que nem nos damos conta. Perceba que neste momento você está, provavelmente, buscando se informar, se distrair ou apenas com a curiosidade aguçada para ver o que saiu no blog hoje. Enfim, você depende de um computador ligado à rede elétrica, conectado à internet, depende também de alguém que tenha publicado algo novo, ou seja, seu desejo não poderá ser satisfeito apenas por seu querer.

Numa situação comum em que, por exemplo, o marido quer fazer sexo e a mulher não quer (alegando dor de cabeça), ou ao contrário a mulher quer, mas, o companheiro não está dando conta, podemos perceber que um depende do outro para terem prazer. Um amigo meu argumentou que nessa situação ambos poderiam se masturbar, não precisando da atuação do outro. Mas, ainda assim cada um precisaria de algo que os excitassem, como se costuma dizer "teriam que ter uma intenção", logo, mais uma dependência.

Quando falamos em dependência, a primeira coisa que vem à cabeça de muitos é a relação humana com as drogas. Algumas pessoas aproveitariam para dizer que usuário não é dependente. Mas, para que haja consumo de drogas, sejam elas em muito ou pouco uso, legais ou ilegais,caras ou baratas é necessário que existam também produtores, fornecedores e distribuidores. Gerando assim uma rede de dependências, ou seja, um não existe sem o outro.

Na música "Independência", da banda Capital Inicial, a letra diz "procuramos independência, acreditamos na distância entre nós". Realmente, buscamos ser pessoas independentes, mas, ao mesmo tempo estamos sempre nos prendendo a algo. Zeomar Pinheiro, contabilista, certa vez me disse que "para cada crédito cedido surge um novo débito de igual valor". Ela falava de coisas ligadas à contabilidade, mas associei tal idéia a nosso assunto em questão, e é assim que percebo.

Não sou um radical e nem quero com este texto causar angústia em ninguém, pelo contrário, tento mostrar que essa incessante busca por independência às vezes parece não fazer sentido. Independência do Brasil, independência financeira, independência artística, independência feminina, independência pessoal, nossos sonhos ainda não realizados. Desculpem não ter a referência, mas li em algum lugar algo como: “a dependência faz parte da natureza do homem, uma vez que toda a existência humana está compreendida entre estados de dependência”. E então, o que acham de tudo isso?

sábado, 6 de fevereiro de 2010

"VAS TE FAIRE FOUTRE"
Por Led Beslard



"A livre expressão é o que constrói a nação, independentemente da moeda ou sua cotação. Liberdade de expressão! Deixa eu falar, filha da puta!", Letra:Alexandre Carlo, Rodolfo Abrantes, Black Allien.

Dizer, fazer o que pensa, na hora, no local e do jeito que se quer, não é tão simples assim. Liberdade de expressão. A própria expressão citada nos revela um poder que muitos acreditam ter ou sonham demonstrá-lo. Quem realmente tem esse privilégio?

Outro dia recebi um e-mail que, entre outras coisas, dizia "a liberdade de expressão se conquista". Foi a partir desse momento que me questionei sobre o assunto, e descobri o quão complexa é a questão.

Liberdade de expressão "é toda liberdade de opinar e expor idéias, sobre qualquer assunto e principalmente sobre o governo. É o indivíduo poder se expressar artisticamente sem medo da repressão e censura", diz o músico Bruno Tavares. Perguntei-o se em algum momento se sentiu privado de tal liberdade, ao que ele me garantiu: "eu sinceramente nunca fui privado de falar, mas acredito que isso possa acontecer um dia".

Particularmente, acho que é muito difícil alguém nunca ter passado por tal privação, pois desde cedo somos educados a "não responder os mais velhos", sem esquecermos daquelas situações em que nossos pais costumavam dizer "cale a boca, engula o choro". Bruno acrescentou que "hoje em dia, existe uma idéia de que qualquer pessoa pode se expressar" e que "essa idéia de liberdade é bem viva, mas o impedimento ainda existe, mesmo que seja maquiado”.

Parece-me que tudo esteja ligado à política. Ir de encontro aos interesses alheios pode causar a privação dos direitos citados acima de maneira violenta, como é o caso da censura. O Brasil na época da ditadura militar sofreu o ápice da censura. Pessoas foram exiladas, torturadas e mortas por buscarem expor suas idéias a favor de novas diretrizes governamentais. As coisas mudaram de lá para cá. Hoje o país adota a democracia como forma de governo, mas a censura não acabou, na verdade encontra-se camuflada.

Um outro fator que me intriga, por exemplo, é a ambigüidade existente na livre possibilidade de se expressar. A liberdade de expressão diz respeito apenas ao que seja politicamente correto? Por exemplo, o que dizer daqueles que se assumem contrários ao homossexualismo, a outras etnias, a religiões diferentes da sua? Eles têm ou não o direito à expressão?

Neste caso, quando escrevo todas essas coisas, será que tenho o direito de evidenciar situações que envolvem outras pessoas? Será que elas se ofenderão? Devo me preocupar com isso, já que o que importa é o meu direito de expressão livre? Bom, diz o ditado que "quem fala o que quer ouve o que não quer". Mas, de que vale se expressar com sinceridade se isso pode causar descontentamento e confusão? Será que ficar calado não seria uma forma de se expressar? Afinal, acredito que tudo depende das escolhas que fazemos, temos a opção de fazer ou não fazer, de falar ou não falar, de ler ou não ler, de ir ou de ficar, mesmo que muitos considerem as opções limitadas (mas isso é tema para uma outra discussão). Como poderia conquistar tal liberdade, se é que podemos falar na possibilidade de algum tipo de conquista? Bom, já falei o que queria agora é a sua vez.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

RICARDO PRIMATA NO ESPECIAL DA EDUCADORA FM - 107,5

A Rádio Educadora FM 107,5, irá transmitir um especial com o artista Ricardo Primata, nesta quinta-feira, dia 04-02-10, às 21h (horário da Bahia), o músico será entrevistado pelo radialista Tom Tavares no programa "Outros Baianos", e serão executadas as músicas do CD Espelho da Alma, o mais novo disco de carreira do artista.

Se a rádio não estiver presente no seu estado, ouça o programa pela internet no site da rádio, às 22h (horário de Brasília) - http://www.educadora.ba.gov.br/

Maiores informações - http://www.ricardoprimata.com.br/siteoficial.htm