quinta-feira, 2 de abril de 2009

ESSE É CLÁSSICO.
Por Led Beslard


http://www.megadeth.rg3.net

Depois da demissão do Metallica, em 1983, o guitarrista Dave Mustaine fundou o Megadeth. Para os admiradores de thrash metal como eu, talvez isso tenha sido a melhor coisa que Mustaine poderia ter feito. Afinal, ficamos com duas grandes bandas à nossa disposição.

O primeiro disco do Megadeth que tive acesso foi o “Peace Sells... But Whos Buying?”, apesar deste ser o segundo da carreira da banda. Na época, tinha um vizinho que curtia som pesado e me emprestava várias coisas legais. Esse disco, especialmente, era um dos que passava mais tempo comigo do que com ele. Até porque eu só escutava o disco com o volume no talo e ele, sendo meu vizinho, ouvia por correspondência.

Produzido por Dave Mustaine e Randy Burns, o Peace Sells foi lançado em setembro de 1986, pela Combat Records/Capitol Records, e executado por Dave Mustaine (vocal e guitarra), David Ellefson (baixo e backing vocal), Chris Poland (guitarra) e Gar Samuelson (bateria). O álbum é composto de oito faixas: Wake Up Dead, The Conjuring, Peace Sells, Devil Island, Good Mourning/Black Friday, Bad Omen, I Ain’t Superstitious e My Last Words. Desse disco apenas Wake Up Dead e Peace Sells tiveram vídeo clipes.

A música “I Ain’t Superstitious” é uma cover de Willie Dixon. Tive a oportunidade de ouvir por acaso esta canção originalmente no rádio e fiquei surpreso ao perceber que ela em nada se parece com a versão do Megadeth. Melhor dizendo, a música não tem nada a ver com metal. Com isto, passei a gostar ainda mais da banda, pois o que importava ali era a música e os caras pareciam estar longe de aderir a estúpidos preconceitos musicais.

As letras desse disco misturam humor negro, críticas políticas e satanismo. As músicas são objetivamente rápidas e pesadas. O que me encanta no Megadeth são as melodias perfeitas criadas, principalmente por Mustaine, nas guitarras e nos vocais. Na minha humilde opinião, ele é um dos melhores guitarristas do metal.

Adoro os solos de “Wake Up Dead” e “The Conjuring”, mas isso está longe de defini-los como únicos do disco. Todo o álbum é sensacional, na verdade não há como dizer qual é a melhor música. Sem dúvida, esse disco fez parte da minha adolescência de maneira tão intensa que quando falam em Megadeth é este que me vem logo à cabeça.

Quem por ventura não conhece essa preciosidade ainda há tempo para apreciá-lo. Quem já conhece e não sentiu vontade de botá-lo para rodar no player da sala, deve estar morto. E eu que já conheço e não me canso de curti-lo com muita euforia, só posso indagar uma coisa: “What the fuck is this?”

Um comentário:

Eduardo disse...

Não conheço muito Megadeth, até já curti um pouco algumas músicas, mas tem umas paradas meio hardrock, até no visu mesmo que não viajo muito.