quinta-feira, 22 de setembro de 2011

PEARL JAM... STILL ALIVE...
Por Geovana Monteiro



Estereotipia é um conceito usado por T. Adorno e M. Horkheimer para designar a maneira padronizada como a indústria cultural gere seus produtos. A aparência de novidade é uma ficção, pois, a indústria da cultura sempre se encarrega de imprimir na produção artística a marca da mesmice. A cultura pop norte-americana talvez seja o exemplo mais claro do que os filósofos da teoria crítica queriam dizer já no início da década de 40 do século passado.

Mas, de tempos em tempos, nasce da regra uma exceção; do comum, o extraordinário. A década de 90 do século XX brindou sua juventude com raros talentos do cenário musical norte-americano com o que ficou rotulado e conhecido como movimento grunge de Seattle. Não é minha intenção aqui registrar o que foi este movimento. Basta dizer que foi dele que surgiram bandas como Nirvana, Alice in Chains e Soundgarden. O que me interessa aqui é registrar que esse estereotipado “movimento grunge” simplesmente permitiu o surgimento daquela que seria, na minha opinião, a banda norte-americana mais bem sucedida dos últimos 20 anos. É do Pearl Jam que pretendo falar.

Não se trata de ser fã, alguma coisa que não me considero ser de ninguém. Trata-se antes de admiração e respeito por um grupo de 5 músicos maduros, talentosos e simplesmente brilhantes em sua função. Pearl Jam comemora em 2011 vinte anos de música, estrada e histórias emocionantes. Tudo isso foi magistralmente documentado por Cameron Crowe, fã confesso do som da Seattle noventista e do Pearl Jam. Assisti ao filme de Crowe na última terça, me larguei de Amargosa para Salvador só pra isso. Valeu à pena! Conheci um Eddie Vedder mais íntimo, e até comecei a entender o Stone. Valeu à pena também por termos, eu e meu marido, conseguido o que ninguém conseguiu: o pôster (que imploramos ao funcionário do cinema depois que todo mundo já havia ido embora). Por fim, o filme só confirmou o que nós admiradores já sabíamos: Pearl Jam é a banda americana mais coerente e consistente dos últimos vinte anos! E eles ainda estão vivos, firmes e fortes!

Posso dizer que Pearl Jam é a trilha sonora da minha vida, mesmo na fase mais punk rock/hard core, eles sempre estiveram lá embalando minhas conquistas, mas também meus fracassos. Ter assistido ao filme foi uma etapa emocionante da odisseia PJ20, mas não a última, não o clímax. Agora só me resta esperar até 06 de novembro, quando eu e meu marido (que finalmente caiu em si e percebeu que Pearl Jam broca!), completaremos nossa peregrinação no Rio de Janeiro, na Praça da Apoteose.

Um comentário:

artur de Lima disse...

Que ótima notícia, meu amigos. Estou muito feliz em saber que os encontraremos por lá. Até o dia 6.

Abraço em vocês.