Por Marconi Lins
Foto: Nara Figueiredo
Domingo de sol, lá estava eu voltando de cachoeira no recôncavo baiano, foi quando parei em umas das cidades mais conhecidas da Bahia, que ainda não conhecia, Santo Amaro da Purificação. É bem verdade que essa simples cidade de beleza singela ficou mais conhecida por causa dos filhos ilustres de Dona Canô, que ganharam o mundo e a divulgou para todo o Brasil.
Caetano Veloso e Maria Bethânia, sempre fizeram questão de afirmar suas origens e influências neste município, no entanto o lugar é super atrasado culturalmente falando. Tudo bem que eles são apenas artistas e não políticos, e que esse modo de vida mais brando é pitoresco da região. Agora me pergunto, por que será que agentes culturais baianos e toda a mídia dá o maior valor e destaque para uma certa data comemorativa, e o resto do ano Santo Amaro não tem nada para se fazer além de tomar cachaça e ir ao culto ou missa?
Até passei pela porta de um belo teatro com arquitetura colonial, mas parecia que não tinha espetáculo por ali há muito tempo, depois de rodar quase toda a cidade, sem achar um lugar para comer, o jeito foi tomar umas cervejas numa bodega ao som de uma seresta insuportável onde o cantor era acompanhado por ritmos programados e timbres cretinos do seu teclado "cássio".
Eis que voltando da praça principal me deparo com o um ponto turístico, a casa de Dona Canô. Nesse momento me lembrei que tinha que ir ao sanitário ou mictório como é mais conhecido por lá, não perdi tempo, percebi um arbusto logo ali em frente e evacuei ali mesmo na porta da casa de Dona Canô. Fui embora aliviado e com a certeza de que tão cedo não pararia por ali.