sábado, 14 de março de 2009

“SUPERTERRORIZER”
Por Anderson Souza



A Fullminant é uma das novas revelações do underground baiano. Formada em 2007, já tem no currículo diversas apresentações em Salvador, inclusive nos principais festivais da cidade. Com letras cantadas em português, seu som pesado e técnico passeia por diversas vertentes do rock, dando mais dinâmica às músicas, sem perder a identidade. Conduzida por Júlio “Nikkury” (vocal), Bonne Saint´Anna (guitarra), Luan Viana (baixo) e Renato “Corpse” (bateria), a Fullminant tem sido comentada e elogiada por suas performances demolidoras. Hoje, conversamos com o bem humorado guitarrista Bonne Saint´Anna sobre essa promissora banda de “thrash/death metal melódico”.

NEW BRUTALITY – O que difere a Fullminant das outras bandas de metal em Salvador?
BONNE SAINT' ANNA –
Nós procuramos colocar bastante originalidade em nossas músicas, sem a preocupação de se rotular em determinadas vertentes do metal, pois temos influências de vários estilos e na hora de compor nenhum fica tão evidente. Além das letras em português, o que quebra alguns paradigmas que são quase que determinantes no estilo do qual fazemos parte.

NB – Em que a banda se inspira para compor suas músicas e letras?
BONNE –
Nos inspiramos em várias questões, como conflitos religiosos, pessoais e psicológicos. Algumas abordam questões introspectivas que revelam um pouco da personalidade de cada integrante. Em relação às músicas, como único guitarrista, procuro fazer riffs marcantes, porém, simples. Até porque não sei fazer diferente (risos). Visto que não há uma preocupação com subdivisões, as músicas surgem de maneira espontânea, em qualquer lugar, como num ponto de ônibus, no meio da madrugada, numa boa conversa com amigos, num momento bom ou ruim das nossas vidas. E daí, tudo ao meu redor é transformado em inspiração.

NB – Como você define a cena rocker soteropolitana?
BONNE –
É realmente uma pergunta complicada de se responder. Apesar de haver diversos fatores que contribuem para o definhamento da cena rock/metal, não só aqui na Bahia, mas também em todo o país, ainda existem alguns pontos de resistência e algumas bandas que vêm fazendo um ótimo trabalho pra mantê-la cada vez mais forte e viva.

NB – Por vezes, você fez parte do público do Palco do Rock. Este ano, sua banda foi uma das principais atrações do festival. Como foi a experiência de tocar pela primeira vez no evento?
BONNE –
Uma experiência inigualável. É algo de que se deve lembrar por muito tempo. Ainda mais pra nós, com pouco mais de 2 anos de banda. Confesso que eu, que já tinha estado em 12 edições como público, fiquei muito nervoso e extasiado. Até que, no fim do show, não deu pra segurar. As lágrimas rolaram mesmo (risos).

NB – Você é um cara bastante carismático e conhecido na cena. É comum que sua imagem seja diretamente associada a Fullminant. Isso gera algum tipo de conflito com o resto do grupo?
BONNE –
Não. Isso porque eu nem sabia que sou carismático (risos). De qualquer forma, mesmo que isso ocorra realmente, não afeta os membros da banda. Porque adotamos uma política democrática na banda, e pra nós a Fullminant não tem dono ou líder. Todos trabalham conjuntamente para o amadurecimento da banda e da nossa música.

NB – Qual a sua opinião sobre a execução de covers, considerando a excessiva empolgação do público no mesmo instante e uma possível rotulação no estilo da banda?
BONNE –
Tocar cover é algo muito complicado. Não por uma possível rotulação, mas porque isso desvia a atenção do público das músicas da banda. Aí sempre acaba rolando aquela galerinha que fica na frente gritando: “toca slayer!” (risos). Quanto à rotulação, achamos que isso nem acontece hoje em dia porque muitas bandas fazem covers de outras de estilo totalmente oposto.

NB – Quais bandas baianas você admira e acompanha o trabalho?
BONNE –
São tantas que fica difícil dizer. Vou falar algumas, mas ainda irão faltar outras tantas. Tharsis, que infelizmente acabou, Pandora, Insaintfication, Dryad, Keter, Minus Blindness, Acanon, Dimensões Distorcidas, Decomposer, Honra, Agressivos, entre tantas outras bandas boas que compõem nossa cena. Difícil lembrar de todas (risos).

NB – Quais são os planos da Fullminant para este ano?
BONNE –
Estamos planejando dar início às gravações de nossa primeira demo, e logo em seguida fazer um trabalho de divulgação mais extenso.

www.myspace.com/fullminant

9 comentários:

CLEBER SILVA disse...

Fui testemunha das lágrimas de Bonne após o show do Palco do Rock. Isso foi gratificante para nós que ajudamos a produzir e para mim mesmo, que também tenho banda e almejo tocar em momentos importantes da vida de um músico.

A Fullminant é uma banda ótima, com excelentes músicos e tende a melhorar cada vez mais... eu torço por este crescimento.

Abraço, Led!

Anônimo disse...

Fico feliz de ver a banda crescendo e amadurecendo!!! E vendo suas resposta vejo que continua o mesmo cara umilde e de carater enorme... continue assim meu caro! e aos fulls toda sorte do mundo e torço continuem a ascenção

abraçãoooo
\,,/

Anônimo disse...

Ainda não vi essa banda ao vivo, mas já ouvi ótimos comentários sobre, inclusive ouvi uns caras de camisa preta lá no Palco do Rock comentando que a banda tem uma qualidade foda!!

Anônimo disse...

é muito bom ver q o nosso trabalho vem sendo reconhecido,e saber q todo o suor e tempo q nós dedicamos na banda está rendendo resultados realmente gratificante

Má Montes disse...

Tudo o que mais desejo é sucesso para essa banda.

Dan disse...

banda "arretada"!!
Uhuuuu
\m/

Unknown disse...

Vlw galera vcs nossos amigos é que são a gasolina para continuarmos tocando Leva Motô!!!!

BONNE THE BIG BAD WOLF disse...

Saudades da porra de 2009...

Led abraços irmão.

BONNE THE BIG BAD WOLF disse...

Eu ainda amo Cleber mesmo 10 anos depois