terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

APENAS POR UMA QUESTÃO DE CONSCIÊNCIA.
Por Led Beslard


abhorticultura.com.br

Esta semana, organizando alguns materiais antigos que estavam guardados, encontrei uma agenda do Mundo Verde que dei de presente a minha garota no ano de 2003. De cor creme, além do nome da rede de lojas e o ano, havia também três imagens da terra de lados diferentes e a frase: “a arte de pensar”. Com este propósito, vários textos estavam distribuídos no interior da agenda, mas um deles me chamou à atenção em especial. Correspondia ao mês de outubro, e remetia ao dia 16, dia mundial da alimentação. Não havia título nem referência do autor; porém, no final da agenda havia crédito dos textos de pesquisas para Isabel Maria Antunes Joffe.

O texto traz informações sobre alimentação vegetariana e suas contribuições para a saúde do homem e do meio ambiente. Não tenho, com isto, a intenção de pregar minhas convicções, apenas esclarecer alguns pontos sobre aquela conduta alimentar. De qualquer maneira, seria bom saber que passando importantes informações poderei contribuir para uma possível mudança de comportamento; que, neste caso, só traria benefícios a quem dela fizesse parte, principalmente à consciência.

Acompanhe o texto a seguir:

“Ser vegetariano é dar uma grande contribuição à TERRA. É desempenhar um importante papel, ajudando a curar o nosso planeta e criando um mundo verde e um mundo sustentável para nossos filhos.

Cada vegetariano salva também milhares de árvores anualmente. As florestas estão sendo destruídas para criar pastos e plantio de alimentos para os animais de abate, requerendo, deste modo, a alocação de vastas quantidades de terra, água e energia, representando um grande desperdício.

É sabido que milhões de pessoas vivem em completa pobreza na Terra – uma realidade triste e desnecessária. E o simples ato de comer carne e alimentos de origem animal, bem como o mercado de exploração animal estão intimamente ligados a um quadro de miséria, à subnutrição e à má saúde, à degradação do meio ambiente e dos ecossistemas globais.

Pesquisas e estudos também têm revelado que os estabelecimentos de criação e confinamento de animais são grandes responsáveis pela poluição dos rios. É também sabido que a indústria da pesca causa danos irreversíveis à delicada estrutura da cadeia alimentar marinha.

Sob o ponto de vista ético, cada vegetariano, anualmente, salva muitos animais de viverem fora das condições de equilíbrio com as leis naturais, de serem vítimas de atrocidades inimagináveis através do uso de produtos químicos, antibióticos e hormônios sintéticos para engordar, sem mencionar o abate cruel e ensangüentado. Óbvio, todos estes processos só podem também prejudicar nossa saúde.

Um dos grandes problemas de uma dieta baseada em proteína animal está nas gorduras saturadas que a acompanham e na ausência de fibras. Tais gorduras estão associadas aos problemas cardíacos, câncer e diabetes.

Não há dúvida de que a carne é uma forma de proteína completa e concentrada, rica em vitaminas do complexo B e ferro. O problema é que ela possui a mais alta quantidade de toxinas.

Se nós adotarmos práticas alimentares corretas, trazendo para o nosso corpo o mesmo teor adequado e apropriado dos nutrientes que a carne contém, não necessitaremos dela na nossa alimentação.

É importante centrar a nossa alimentação nos grãos e cereais integrais (fonte considerável de ferro, vitaminas E, do complexo B e proteínas), nas leguminosas (ervilha, favas, feijão azuki, feijão branco, feijão fradinho, feijão preto, feijão de soja, grão-de-bico, lentilhas, vagem), nas sementes e nozes, nos vegetais folhosos, nos tubérculos, nas raízes e nas frutas da época.

A proteína da soja é uma excelente opção de proteína vegetal, encontrada na carne de soja e no tofu (queijo de soja). Outra excelente fonte é o seitan (carne de glúten).

Uma dieta com alto teor de vitamina C (frutas cítricas, acerola, abacate, aspargos, brócolis, couve-de-bruxelas, melão, manga, mamão, agrião, etc.), por exemplo, normalmente possibilita uma absorção de ferro ainda maior do que nas dietas à base de carne.

O corpo deve se nutrir somente de alimento total, integral e cheio de energia. Assim, cada um de nós pode mudar o mundo, começando por nós mesmos, fazendo a nossa opção pessoal, excluindo de nossas vidas os produtos da morte e do sofrimento injustificáveis.

É uma questão de consciência, de uma nova visão e, de prestigiar um mundo mais verde!”

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